segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

O Universo ao Verso e Reverso - (1)

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  Nossa física tradicional ainda se encontra aquém das fronteiras iniciais entre o mundo tridimensional e o quarto dimensional. Simplesmente por que suas conceituações mais rebuscadas não se distanciam muito da matemática elementar que aprendemos no básico escolar.

  Este é o ponto de partida da física, não importando o quanto ela tenha avançado nas teorias, postulando leis e tornando o mundo cada vez mais tecnológico. Embora quase tudo na tecnologia se demonstre de modo pragmático, com simples encaixes de tomadas e apertos de teclados, as explicações científicas não são necessariamente a verdade. Basta funcionarem.

  Após décadas ou mesmo séculos de estudos, dedicados físicos e inventores chegaram a resultados inusitados usando metodologias experimentais, sem realmente desvendarem os grandes mistérios da eletricidade, energia, força, dos quatro elementos da natureza, dos movimentos da Terra, de tantas outras coisas, e finalmente do átomo. Ainda passam por filtros os elementos químicos que preenchem todo o chamado espaço dentro do qual respiramos e vivemos, e aqueles agregados constituindo a matéria de nosso mundo em sua imensa variedade. Muito de elementos químicos na configuração e propagação da matéria já é bastante conhecido. Não obstante, as verdadeiras razões de como e por que eles vieram à existência permanecem profundos enigmas.

  Para tentar sair desta desconfortável posição e necessitando oferecer respostas objetivas, homens da ciência contemporânea se viram obrigados a consagrar uma teoria abrangente da criação do universo, uma vez que filosofias e religiões sempre se mantiveram em permanente vigília acerca dos axiomas e mecanismos científicos. Então, homens da ciência e prosélitos aclamaram a oportuna Teoria do Big-Bang. Esta criação, como não podia deixar de ser, se transformou em uma grande metafísica com paradigmas e teologismos exclusivamente físico-científicos, em cujo arcabouço ficam de fora outras filosofias que não sejam da materialidade.

  A partir daí, os cerebrais adequaram-se a esta história materialista para explicar a criação da vida. Ou seja, a teoria diz que antes, no princípio, existia “o nada”; depois da explosão existiu “o tudo”: a matéria universal em vários estágios e segmentos inteligentemente ordenados. Da espontânea explosão seguiram-se mecanicamente as leis cósmicas, os princípios e as regras universais regentes de tudo o que existe ou que ainda virá à existência, e cuja essência única desse tudo é uma coisa só: a matéria em diversos graus de propriedades.

  Essa grandiosa história cósmica caiu como um mel das insondáveis alturas sobre a teoria da evolução das espécies de Darwin, pois se antes não havia um criador na Terra não poderia também haver um criador nas alturas, uma vez que os seguidores darwinistas reafirmam conclusivamente que todas as coisas simplesmente acontecem.

  As provas evidenciais sobre a criação do universo não podem ser ignoradas; não o são e nunca foram por uma elite de pensadores avançados do passado recente e de tempos imemoriais. Hoje a criação do universo por uma Super Mente, um Criador Magnânimo, um Logos, um Deus já ganha milhões de defensores fora dos dogmas e teologismos religiosos. As “coincidentes comprovações” dos pesquisadores científicos acerca do universo vieram aos poucos se aproximando de importantes afirmações milenares dos sábios indus, tibetanos e de outros de povos continentais, herdadas, por sua vez, da desaparecida civilização atlante.

  E nessa mesma linha de nossos avoengos, os pesquisadores ocidentais descobriram que o universo inteiro, todas as galáxias e respectivos sistemas solares viajam em alguma direção.

  Há somente poucas décadas sabia-se, e assim ensinava-se nos bancos escolares, que nosso sistema solar viaja numa órbita de aproximadamente 220 km/s em direção da estrela Vega na constelação de Lira, localizada a 25 anos luz daqui. Hoje, muitas outras descobertas de astrônomos anexam maiores e mais complexos subsídios tanto de nosso sistema solar como da Via Láctea e de outras distantes galáxias.

  Nossa galáxia, a Via Láctea – comprovam os astrônomos – descreve uma órbita em torno de um ponto central ainda desconhecido, levando com ela mais de 200 bilhões de estrelas, embora todos os seus corpos celestes não desenvolvam exatamente a mesma velocidade, e os mais distantes desse ponto central viajem a velocidades menores.

  Isso parece-nos similar ou análogo ao movimento orbital de todos os planetas em torno de nosso Sol, bem como ao movimento circular dos elétrons em torno de seu núcleo. Por que nos admirarmos disso?

  A Via Láctea é chamada de galáxia espiral com quatro braços maiores, distinguidos até agora como Perseu, Norma, Crux-Scutum e Carina-Sagitarium e dois braços menores batizados por Órion e Cignus. Há, entretanto, controvérsias quanto a estas formações. Pelos cálculos astronômicos, o Sol teria em torno de 4.5 bilhões de anos e como calculam o Sol levar 220 milhões de anos para dar um giro completo em torno da galáxia, ele teria já cumprido vinte e duas voltas.

  Independentemente de teorias mais sérias e relevantes até agora não contestadas in totum, homens de ciência continuam a brincar de inserir seus próprios devaneios, proporcionando a seus egos estranhos sabores ao divulga-los. O muito que a astronomia sabe em teoria do universo é ainda mínimo e irrelevante em relação ao que não sabe comprovadamente, e a intervalos regulares uma teoria confronta a outra se anulando. Uma dessas teorias correntes causadora de delícia, mas que ninguém estará aqui para comprová-la é a de que em até dez bilhões de anos a Via Láctea se chocará contra a galáxia de Andrômeda que viaja em nossa direção. Então tudo vai virar poeira.

  Hoje, homens da NASA descobrem um conjunto de galáxias conhecido por nós como universo, que vem se deslocando em direção a alguma coisa descomunal, e que por estar fora de seus entendimentos chamam-na de dark flow – fluxo escuro. Não sabem ainda se tal coisa seja energia ou matéria, ou seja energia-matéria, plasma etc. Não demora e aparecerão aquelas mesmas teorias terroristas de que o universo onde nos situamos acabará derretido, ou vai virar fumaça ou será fragmentado em meteoritos.

  Essas incomuns descobertas da NASA, embora não concludentes, devem-se, sem dúvida, ao avanço da tecnologia espacial que obteve rapidíssima e incrível ascensão de um século e meio para cá. Mas não faltam acusações e teorias sobre ajudas e investimentos extraterrestres na tal velocidade das descobertas e inventos, bem como na verdadeira intenção de tudo isto. E nós, estonteados humanos viventes na periferia da ciência mundial, não sabendo de fato nada em relação ao momento atual científico e nem tendo instrumentos de controle para frear este andamento tresloucado, estaremos sendo levados para onde, ou para quê?

  E sentimos um calafrio descendo a espinha ao conjeturarmos se esses homens cerebrais, tecnocratas e tecnológicos, que se apropriaram da ciência, saberão também de fato o que fazem e para onde vamos quando assim são instados a fazer e avançar?

  E esta tecnologia espacial, adaptada e somada a outras tecnologias terrenas, desenvolvidas para render fantásticas somas de dinheiro para a continuidade das pesquisas cósmicas e fabricação maciça de armamentos super poderosos, não terão posto toda a distraída humanidade consumista de joelhos e submissa? Mas até quando?  E novamente, desce-nos um calafrio pela espinha.

  Voltando ao passado milenar, lembremos de que o universo já era estudado por aqueles homens de elites intelectuais, simples esotéricos em vestimentas sacerdotais, que já ensinavam das manifestações de universos através de grandes e menores manvantaras, de suas respirações cósmicas, de seus descansos e ocasos temporais chamados pralayas e de contagens de extraordinários e infinitos tempos cósmicos humanamente representados por dias, noites, anos, séculos, milênios e por outros ciclos siderais ainda infinitamente maiores no vasto universo.

  Graças a esses conhecimentos originários de tempos mais ainda recuados, como na desacreditada Atlântida, que se espalhariam por povos de todo o mundo, acusados de empiristas e adoradores, pôde a ciência objetiva e racional da atualidade partir para estudos científicos mais complexos e segmentados na astronomia, química, física, matemática ou medicina. E quantos, verdadeiramente, saberão dessas origens ou se interessarão por isto?
                                                                            Segue Parte 2
                                                      
                                                                                Rayom Ra

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