Os avanços no conhecimento do átomo vieram
demonstrar que o que parecia simples e resolvido no seu provável desenho padrão,
contrariamente ao que foi aceito por anos, é da maior complexidade.
Com o inestimável auxílio cada vez maior de
equipamentos eletrônicos de alcances e registros extraordinários, comprovou-se
que o átomo é basicamente a alma de toda unidade de vida em todos os reinos. Sabia-se
que a matéria era agregações de átomos, moléculas e células e isto foi ensinado
por décadas e séculos como sendo a grande descoberta estrutural do mundo. Provou-se,
então, tecnicamente, que não há morte em nada orgânico ou inorgânico na
natureza, mas pura e simplesmente desagregação quando as estruturas celulares
cessam de funcionar. E nada se perde.
Com o avanço das pesquisas outros enigmas
foram surgindo exigindo cada vez mais meticulosidades nas entradas em mundos
microscópicos subatômicos. Outras partículas foram suspeitadas existirem em
meio às passagens de elétrons de um nível a outro em suas órbitas. Criaram-se
nomenclaturas, estruturas e subestruturas classificatórias para definir e
redefinir as diversas procedências e funções de novas partículas, por pertencerem a um mundo volátil de pura energia.
Nesse mundo novo de pura energia, pleno de
variadas frequências vibratórias, onde não se conseguia capturar partículas
senão unicamente segui-las e direcioná-las aos objetivos experienciais, constatou-se
que dos elétrons surgem luzes, os fótons, e dos prótons surgem os quarks e daí
outras partículas energéticas se desdobram. Viriam também descobrir as
antipartículas naquilo que se convencionou chamar de antimatéria.
A antimatéria, em resumo, é o inverso ou o
oposto da matéria. A antimatéria detém as mesmas características da matéria,
porém suas partículas, possuindo massa e rotação, têm cargas elétricas
invertidas. Assim, o antielétron conhecido por pósitron, tem carga elétrica
positiva, opostamente ao elétron que têm sempre carga elétrica negativa. Já o
antipróton traz carga elétrica negativa porque o próton tem sempre carga
elétrica positiva.
Neste desenrolar, surgem as discussões entre
os físicos tradicionais e os que viriam representar a nova física. Estes
últimos entraram em campos energéticos bem mais delicados, trazendo maiores
noções e teorias de um mundo chamado quântico, que Einstein e outros físicos da
época já haviam conjeturado. Einstein já explicava que um fóton age como uma
partícula pelo efeito que chamou fotoelétrico. Um mesmo fóton, segundo a
mecânica quântica, pode também se comportar como uma onda ao passar através de
uma lente ótica. Um fóton aparece quando um elétron decai de uma órbita maior
para outra menor. Nesta queda, o elétron emite um fóton, ou chamado pacote de
luz, com determinada frequência. Os pacotes de luz são denominados de quantum,
surgindo daí o epiteto quântico.
A mecânica quântica viria tornar-se numa
física que busca desvendar e estudar as dimensões abaixo das frequências dos
elementos atômicos tradicionais ou de demais partículas denominadas
subatômicas.
Neste contexto, surgiriam as teorias das
cordas e supercordas. Na teoria das cordas cada partícula fundamental emite uma
vibração específica de um padrão de ondas. Na teoria das supercordas, afirmam
os físicos que nosso universo tem 11 dimensões. 3 são espaciais, quais sejam:
altura, largura e comprimento, 1 é temporal, tempo, e as 7 outras dimensões são
recurvadas, tendo massa e carga elétrica.
As dimensões, conforme possamos entender à
primeira vista, não são separadas por muros ou paredes, mas coexistem no
espaço-tempo e acima dele. As dimensões se distinguem por modos de frequências;
assim podemos estar fisicamente presentes em determinado lugar e ao mesmo tempo
estarmos vibrando em frequências diferentes de outras dimensões. Mas nada está
ainda provado na física quântica e tudo se deduz numa imensa arena de
conjeturas, pois a realidade que nossos sentidos conhecem estabelece parâmetros
mais naturais e visíveis dentro de um mundo paradigmático inserido em fatores
espaço x tempo.
Daí tornar-se difícil uma transposição conceitual
para outra realidade mais interna onde não existam formas-pensamentos construídas
sobre padrões comuns intelectuais, mas unicamente visualizações ainda abstratas.
Você pode aceitar a realidade interna das dimensões quânticas, admiti-las como
possíveis existências e até delas experimentar dentro de sua mente, de seu ego.
Mas no mundo da física tradicional, da química, da matemática é necessário à
comunidade científica um caminho, um atalho ou ponte, uma fórmula concreta que
reúna e conduza a algo considerado tangível, dispensando elucubrações. Este é o
passaporte para a realidade quântica em termos de tradição científica e cremos
que sem isto a física formal e a mecânica quântica tão cedo não convergirão.
Das 11 dimensões até agora encontradas na
teoria das supercordas da física quântica que são 3 espaciais, 1 temporal, o
tempo e 7 dimensões recurvadas temos o seguinte:
A primeira dimensão é unidimensional, uma
linha reta.
A segunda dimensão é a altura. Adicionemos
esta linha à primeira e teremos uma figura bidimensional, como um quadrado.
A terceira dimensão é um sentido transverso,
uma profundidade. Um cubo exemplifica as três dimensões reunidas, ou seja, é
uma figura sólida com comprimento, altura e profundidade.
A quarta dimensão seria uma percepção do
tempo como um hipercubo quadridimensional
A quinta dimensão e a sexta são noções de
possibilidades de mundos como visões futuras.
A sétima dimensão são portais de acesso para
outros mundos.
A oitava dimensão dá uma idéia de elementos
tendendo a um infinito.
A nona dimensão traz todo um cabedal de
possibilidades segundo leis físicas.
A décima dimensão é da visão inimaginável por
olhos e mentes humanas.
Entendamos que a visão quântica está ainda
misturada a todos os elementos físicos arraigados à mente racional, aos
conceitos humanos da memória condicionante. Impossível ainda a um cientista
penetrar nas probabilidades dimensionais hoje conjeturadas pela nova física e
prover o mundo com uma linguagem científica clara e precisa. Os místicos,
médiuns e sensitivos de todas as categorias detêm condições melhores neste
particular, quando realmente se projetam para as dimensões ou subdimensões.
Eles, conscientes ou semiconscientes, vivem lá os fenômenos e quando revelam
suas experiências utilizam-se de vocabulários simples ou esotéricos.
Numa definição mais inteligível podemos dizer
que as dimensões quânticas não são para serem explicadas, mas vividas em
consciência e entendidas. Esta é e será a grande dificuldade dos homens da
física quântica. Ao desejarem abranger e aprofundá-la esbarrarão na falta de
percepção extra sentidos deles próprios e cada vez mais no forte ceticismo da
comunidade científica materialista. Porque hoje o mundo em que vivemos
condicionados em corpos físicos é um mundo de completa tridimensionalidade e
homens comuns, mesmo altamente cerebrais, não podem transportar-se fisicamente
para dimensões de outras frequências.
Entretanto, mais tarde, esta física
demonstrará aos homens de ver e ouvir o que todo o restante da humanidade
precisará saber.
Segue Parte 3
Rayom Ra
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